Cirurgia pode ser recomendada quando há perda de uma ou ambas as orelhas ou quando o indivíduo tem alguma malformação congênita
As orelhas são estruturas importantes para direcionar o som que percebemos no ambiente e proteger o canal auditivo. Em alguns casos, pode haver alterações em seu formato e estrutura que, de alguma forma, podem ser prejudiciais ao funcionamento adequado das orelhas ou mesmo causar problemas de autoestima.
Por esse motivo, existem procedimentos que podem ser realizados com a finalidade de restaurar essas estruturas, como a cirurgia para reconstrução de orelha. Saiba mais no conteúdo a seguir.
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O que é a reconstrução de orelha?
A reconstrução de orelha é uma cirurgia realizada para construir ou reconstruir a estrutura cartilaginosa que forma as orelhas. Essa estrutura pode ser perdida de alguma forma, ao longo da vida, ou já estar alterada desde o nascimento por causa de algum problema congênito.
As cirurgias para reconstrução de orelha são realizadas por meio da retirada de tecidos cartilaginosos de outras partes do corpo, mais comumente os provenientes das costelas (cartilagens costais). Por esse motivo, é uma cirurgia que demanda muita habilidade e senso artístico do cirurgião, já que é importante moldar a orelha a partir da cartilagem recolhida.
Como é feita a cirurgia de reconstrução de orelha?
A cirurgia de reconstrução de orelha é um procedimento muito detalhado e complexo, que acontece em dois tempos diferentes. No primeiro procedimento, o paciente é colocado sob anestesia geral ou local com sedação para que sejam retirados tecidos cartilaginosos, como mencionado anteriormente, de áreas como as costelas. Essa primeira cartilagem moldada é inserida na região do mastoide.
O segundo procedimento é realizado meses depois, em que uma cartilagem é colocada na região para posicionar corretamente as orelhas e realizar a rotação do lóbulo. Além disso, é realizada a liberação da orelha, ajustando sua projeção e o ângulo que ela forma em relação ao crânio.
A complexidade dos procedimentos de reconstrução de orelha, no entanto, pode variar de acordo com a quantidade de tecido que precisa ser reconstruída.
Quando fazer a cirurgia?
A reconstrução de orelha deve ser feita, basicamente, em duas situações distintas: por causas congênitas ou traumáticas. As condições congênitas podem ser a microtia, quando a orelha é muito pequena ou malformada; ou a anotia, quando as orelhas são ausentes no nascimento.
Nos casos em que a perda parcial ou total da orelha se dá ao longo da vida, traumas causados por acidentes, tumores e outras doenças são os principais motivos que levam as pessoas à necessidade de realizar uma reconstrução de orelha.
Recomenda-se que a reconstrução de orelha, seja por causa congênita ou traumática, seja realizada quando o paciente tem pelo menos 10 anos de idade. Isso é importante para que haja crescimento suficiente dos tecidos cartilaginosos costais que serão utilizados para esculpir as novas orelhas.
Como é o pós-operatório da cirurgia de reconstrução de orelha?
O pós-operatório das cirurgias para reconstrução de orelha costuma ser tranquilo, embora alguns pacientes possam sentir dores na região do tórax (onde foram retiradas as cartilagens) e na área em que a orelha foi reconstruída. Desde que não se tornem muito intensas, essas dores são normais e esperadas no início do período de recuperação.
Entre os principais cuidados que devem ser tomados, podemos mencionar:
- Manter repouso relativo nas primeiras semanas após a cirurgia;
- Não realizar movimentos bruscos com a cabeça;
- Utilizar corretamente qualquer acessório e medicamentos prescritos pelo médico para as primeiras semanas de recuperação;
- Tomar cuidado com os curativos, se atentando a trocas e à higienização correta;
- Evitar expor a área operada ao sol;
- Retornar ao cirurgião após um período para avaliação do processo de cicatrização.
Outros cuidados mais específicos para a recuperação da reconstrução de orelha podem ser passados ao paciente caso o cirurgião julgue necessário. Para que essa fase seja realmente tranquila, é importante segui-los com bastante atenção.
Além disso, é importante ficar atento a qualquer sinal que indique uma complicação, como febre, inchaço, vermelhidão, sangramentos ou dores mais fortes e constantes do que o esperado para esse período. Nesses casos, é importante procurar uma emergência médica imediatamente.
Sem que haja complicações ou outras questões durante o pós-operatório, os resultados definitivos já podem ser percebidos por volta do quarto mês após a finalização dos procedimentos.
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A função auditiva pode ser afetada?
Uma das principais preocupações sobre quem realiza a reconstrução de orelha é a respeito da função auditiva. Existem casos em que essa função pode ser afetada e casos em que ela não é afetada.
Isso depende de uma série de fatores. Por exemplo, nos casos em que há malformação congênita com ausência das orelhas, pode ser que o canal auditivo não seja formado ou seja malformado. Nesses casos, a audição pode ser afetada, mas não necessariamente pela cirurgia de reconstrução de orelhas em si.
Os casos em que a perda das orelhas ocorre ao longo da vida, a audição pode ser afetada dependendo da forma com que a condição foi adquirida. Um exemplo são tumores ou acidentes que, de alguma forma, podem atingir os canais auditivos.
No entanto, em grande parte dos casos, é possível fazer a reconstrução de orelha sem que a função auditiva seja afetada. O mais importante é compreender que cada caso tem suas particularidades e deve ser avaliado de forma individual.
Para saber mais sobre a reconstrução de orelha e outros procedimentos, entre em contato com o cirurgião plástico Dr. Álvaro Sá e agende uma consulta.
Fontes: