A cirurgia de fissura labiopalatina reconstitui as fendas no lábio ou no céu da boca de bebês com esta malformação congênita.
Segundo o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, da Universidade de São Paulo, um bebê a cada 650 nasce com a fissura labiopalatina no Brasil, a malformação congênita da face mais recorrente. A cirurgia de fissura labiopalatina é indicada para reconstruir as fendas no lábio e no palato. Entenda mais sobre essa condição e como essa cirurgia funciona.
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O que é a fissura labiopalatina?
A fissura labiopalatina é um defeito de formação da estrutura da boca do bebê caracterizada por uma fenda que provoca a abertura do lábio superior ou do palato, conhecido como céu da boca, e de ambos em alguns casos.
Esse defeito embrionário ocorre até a 12ª semana de gestação, podendo ser identificado por meio de ultrassom nos bebês com abertura no lábio e apenas após o nascimento na maioria dos pacientes com fenda no palato.
A fissura labiopalatina pode prejudicar a alimentação da criança, havendo a necessidade de utilização de mamadeiras com bicos especiais ou apenas ajustar o posicionamento do bebê. Além disso, a fissura pode comprometer a dentição, especialmente se atingir a gengiva (local de nascimento e crescimento dos dentes) e a fala. No último caso, a criança pode ter problemas para aprender a falar se a fissura afetar o céu da boca.
Classificação das fissuras
A fissura labiopalatina recebe diferentes classificações dependendo da maneira como se apresenta no rosto afetado, o que influencia diretamente na cirurgia de fissura labiopalatina. O forame incisivo é um ponto presente no palato usado como referência para a categorização. O problema pode ser classificado da seguinte maneira:
- Fissuras pré-forame incisivo: quando a fissura atinge o lábio, mas não ultrapassa o forame. Elas podem ainda serem subdivididas em unilateral (só de um lado), bilateral (nos dois lados) ou mediana (no meio);
- Fissuras transforame incisivo: fissuras totais que envolvem todo o palato, desde o lábio até a úvula, que é a estrutura conhecida como “campainha”. Também são subdivididas unilateral, bilateral ou mediana;
- Fissuras pós-forame incisivo: a fissura é concentrada apenas no palato, sem afetar o lábio e os dentes;
- Fissura submucosa: malformação na parte secundária do palato, que é a estrutura mole perto da garganta, sem afetar a camada da mucosa;
- Fissuras raras de face: menos recorrentes, acontecem em outras partes do rosto, como bochecha, orelha, olhos e nariz.
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Por que a fissura labiopalatina ocorre?
As causas para essa malformação congênita ainda não são bem estabelecidas pela Medicina, mas acredita-se que é uma junção entre fatores ambientais e predisposição genética.
Durante a gestação, as estruturas faciais são formadas separadamente e posteriormente unidas. Quando essa fusão não acontece, ocorre a fissura labiopalatina. A causa desse problema pode estar associada ou não ao consumo de bebidas alcoólicas, cigarro e medicamentos, como corticoides, durante a gravidez.
Cirurgia de fissura labiopalatina: como funciona?
A cirurgia de fissura labiopalatina possui um protocolo que deve ser seguido. Em alguns casos, a criança utiliza um dispositivo oral para ajudar a manter a integridade do arco do lábio antes da operação.
O procedimento é feito sob anestesia geral. Em seguida, são feitas incisões ao redor da fenda que precisa ser fechada. Para reconstruir o palato, são reposicionados músculos e mucosas. Depois, o cirurgião sutura os cortes.
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Qual o melhor momento para realizar a cirurgia de correção de fissura labiopalatina?
A realização da cirurgia de fissura labiopalatina depende de alguns critérios. Para fissuras labiais, o bebê deve ter no mínimo 3 meses de vida e pesar 5 kg, enquanto nos casos do palato a idade mínima é por volta dos 12 meses. Essas exigências evitam uma operação precoce que podem atrapalhar o crescimento dos ossos do bebê.
O que saber antes de se submeter a cirurgia?
Para realizar a cirurgia de fissura labiopalatina, é preciso seguir as recomendações médicas, que incluem:
- Atingir idade e peso recomendado para o tipo de cirurgia;
- Fazer exames para verificar as condições de saúde do paciente;
- Cumprir o período de jejum anterior à cirurgia recomendado pela equipe médica.
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Recuperação e resultados da cirurgia de fissura labiopalatina
Após a cirurgia de fissura labiopalatina, é esperado que as fendas tenham sido fechadas, resultando na melhora da fala e da forma de comer. Entre os cuidados necessários na recuperação após a cirurgia estão:
- Tomar os medicamentos prescritos pelo médico;
- Evitar deixar as crianças tocarem na região operada, podendo ser recomendado imobilizadores de cotovelo;
- Evitar exposição solar;
- Manter o consumo de alimentos líquidos ou pastosos.
Qual o custo da cirurgia de fissura labiopalatina?
O custo da cirurgia de fissura labiopalatina possui uma média de 50 mil a 70 mil reais. O valor depende dos honorários do cirurgião plástico, que muda de acordo com suas especializações e experiências, o tipo de fissura e nível de intervenção cirúrgica, valores relacionados ao anestesista, ao centro cirúrgico e ao hospital.
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